domingo, 30 de junho de 2013

No dia do remorso

No dia do remorso

É natural que, no dia-a-dia, vejamo-nos diante das mais variadas situações em que as abençoadas lições do Cristo parecem distantes e utópicas.
Circunstâncias em que deixamos o caminho do bem e pegamos o atalho do equívoco.
Há momentos em que a mágoa e a irritação assumem o controle e, então, más palavras e pensamentos ruins influenciam as atitudes.
A paz íntima, tão valiosa, é abandonada e, em rompantes lamentáveis, permitimos que as relações familiares ou sociais sejam prejudicadas pelo azedume de comentários e pela acidez de atos.
Após, então, quando a capacidade de raciocínio é recuperada, o remorso invade nosso íntimo, consumindo, pouco a pouco, construções espirituais das mais notáveis.
Foi por causa de um intenso sofrimento como esse que Judas se deixou arrastar pela proposta suicida.
Ele poderia ter se redimido voltando atrás e recuperando a integridade interior, afastando-se da ideia infeliz que o estimulou a abandonar a vida.
O Mestre o amaria do mesmo modo.
O Senhor o aconchegaria - como o fez - após o desvairamento.
Inúmeros foram os criminosos no mundo que admitiram seus erros, sob o peso do remorso, começando o processo do arrependimento e da reparação.
Voltaram ao caminho de suas vítimas, mesmo que delas sofressem acusações e até agressividades.
Quem está disposto a renovar-se não teme os corretivos ou remédios, ainda que doloridos e amargos.
É necessário aprender a pedir desculpas, a confessar erros, a admitir equívocos, para que o remorso não se aninhe na alma.
Tal sentimento não será capaz de, sozinho, acalmar a consciência culpada, nem de corrigir os estragos produzidos.
É preciso que posturas sensatas sejam adotadas.
O caminho da luz deve ser retomado.
Somente assim o arrependimento terá o poder de reerguer, e não mais nos fazer sucumbir sob o peso e a culpa pelo passado.
Não somos infalíveis, nem invulneráveis.
Confessemos nossos erros, quando eles vierem a ocorrer.
Partamos, em seguida, para o acerto.
Pois, todos que seguem pelos caminhos humanos podem tropeçar e tombar.
Que essa verdade não seja justificativa para reincidências e recaídas, mas que seja, sim, motivação para o recomeçar constante e diário.
*   *   *
O caminho para a perfeição ainda é um trajeto longo e distante.
Somos Espíritos iniciantes e inexperientes nessa bela e infinita jornada.
Muitas serão as dificuldades que se apresentarão e, por certo, por muitas vezes, ainda, escolheremos trilhas equivocadas que não nos levam ao destino almejado.
Diversas serão as ocasiões em que nos veremos enrodilhados em nossos próprios vícios, ferindo nossos amores e destruindo projetos e sonhos.
Não paremos na estrada cabisbaixos, a chorar pelo tempo perdido, tampouco pelo estrago havido.
Sequemos as lágrimas, busquemos curar as feridas produzidas pela incúria e pela imprudência.
Feridas que causamos nos outros e em nós mesmos.
Reconstruamos as obras que nossos atos impensados e nossas palavras amargas arruinaram.
Resgatemos todo o sofrimento que produzimos com o nosso mal ou com a nossa omissão no bem.
Façamos nossa parte, sem lamentações inúteis nem lamúrias estéreis.
Ergamos os olhos e, buscando a luz da verdade e a senda do bem, sigamos em frente.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 21 do livro Para uso diário, pelo Espírito Joannes, psicografia de José Raul Teixeira,ed. Fráter.
Em 22.08.2011.

sábado, 29 de junho de 2013

A consciência

"Meu avô desencarnou aos 89 anos.
Era um homem forte, de características físicas das misturas de raças de nosso pais.
Era um homem carinhoso e atencioso com os netos e com os filhos.
Lembro-me que, ainda bem criança tinha o hábito de chupar o dedo e ele não gostava de tal hábito.
Toda manhã, ele levava, em sua leiteira algumas frutas ou legumes de sua horta para minha mãe.
Chegava, tirava meu gato da cadeira da varanda e ali ficava sentado por algum tempo, proseando.
Numa manhã, ele me pegou com o dedo na boca e disse: - " quer trocar esse dedo por um presente?"- Respondi, rapidamente - Quero! -
" o que você quer?" - Quero uma conga de tomatinhos ( colorida) -" Está bem, amanhã, o vô traz a conga de tomatinho e você deixa de chupar o dedo."
No dia seguinte, lá estava, meu velho e amado avô com a tal, conga de "tomatinhos".
Lógico! não abandonei o vicio do dedo e ele sabia mas, fingia que a permuta tinha funcionado.
Anos passaram e ele adoeceu.
Primeiro a água na pleura. Causava-lhe tanta dor que pedia veneno para morrer.
Era terrível presenciar o sofrimento de meu, vô.
Um dia, ele foi internado, ficou apenas dois dias no hospital.
Desencarnou num domingo frio e nossos corações ficaram gelados.
Depois do sepultamento, fomos para casa de minha tia, passar a noite com ela.
Eu dormi no quarto, com as outras crianças minha tia e minha mãe.
Não conseguia dormir e durante a madrugada, faltou luz por alguns minutos que para mim era uma eternidade. Sentia meu avô por perto...
Na manhã seguinte meu irmão, chamava o tempo inteiro para voltarmos para casa.
Alguns meses passaram e numa noite, acordei gritando, chorando e chamando por ele.
Nas noites seguintes, os pesadelos continuaram.
Eu comecei, então, a lembrar dos sonhos que tivera durante a noite.
Ele pedia ajuda, estava em lugares lúgubres e aterrorizado, olhos esbulhados .  Tentava falar com ele mas era inútil ele não me via e não me escutava.
Por fim, já exausta e com medo de dormir, pedi a meu pai que levasse o nome dele para o livro de preces da FEB. ( meu pai, era espírita).
Após isso, passei algumas noites sem sonhar com ele.
Entretanto, não havia terminado o enorme sofrimento de meu avô. Pela primeira vez em meses, durante o sonho o vi entrar numa casa velha de madeira e fui até la, de repente o vi descendo as escadas da casa correndo e assustado, então ele me olhou e disse:- " corre, filha, ele vai me matar e matar você" - Estranhamente, não tive medo e fiquei observando o que iria acontecer. Quem estava perseguindo meu avô?
Quem poderia fazer mal, aquele ser que tanto amava? .
Qual não foi minha surpresa, quando vi que a tal figura monstruosa que o perseguia, era ele mesmo, com uma faca na mão.
Acordei, chorando e pedindo a Deus que o protegesse.
E o tempo passou, não sonhei mais. Todos em casa sabiam o que estava acontecendo; foi então que meu irmão, portador de uma mediunidade impressionante, contou que na noite do sepultamento, durante o apagar das luzes, ouviu meu avô chamando por minha tia e minha mãe e batendo na porta.
Durante todo aquele tempo, meu irmão via meu avô, no quarto dele. Resolvia o problema indo dormir na sala...
E o tempo, passava... sem pesadelos.
O que me intrigava era porque sendo ele uma pessoa tão bondosa estava passando por todo aquele sofrimento...
Minha mãe que até então, não se manisfestara, limitando-se apenas a dizer que estava rezando por ele, resolveu falar sobre como era a vida dele quando mais jovem.
Vovô, era praticante de magia negra. Em sua vida, sofrida de agricultor, valia segundo ele, qualquer coisa para defender aquilo que considerava importante nem que para isso tivesse que fazer pactos com espíritos inferiores, se assim posso me expressar. Havia prejudicando algumas pessoas com atitudes equivocadas.
O mistério estava desvendado, ele em verdade corria e fugia, tentava se esconder de sua própria consciência culpada. Por essa razão, quem o perseguia tinha a mesma forma física dele.
Um ano depois, voltei a sonhar com ele - Escutei a campainha tocar e abri a porta de casa, ele estava acompanhado de alguém que não consegui ver o rosto, apenas o vulto. Muito emocionada, disse: - Vovô
o senhor está bem? espera vou chamar minha mãe. Ele respondeu: " Não, filha. vim agradecer a você mas já   tenho que ir embora" - chorando muito, pedi que não fosse. Quando, virei o rosto para chamar minha mãe e voltei a olhar a porta ele havia, sumido.
Na manhã seguinte, contei a minha mãe o que havia acontecido e descrevi a roupa que ele usava.
(não vi o corpo dele no caixão) me pareceu importante, dizer a ela o que ele vestia.
Qual não foi minha surpresa, quando ela disse: " foi com essa roupa que papai foi enterrado".


Cuidemos de nossos pensamentos,  sintonizemos com o Bem, para que um dia, quando tivermos que prestar contas dos Talentos que recebemos do Altíssimos, não sejamos cobrados e perseguidos por nossa própria consciência.

Raul Teixeira - Conflito Homossexual

Opinião ChicoXavier sobre Homossexualidade, Bissexualidade e Assexualidade

Chico Xavier - Pinga Fogo 1971 - Umbanda, Caboclos e Pretos Velhos

Quando Deus criou as mães - Reflexão

mensagem de Chico Xavier "TUDO PASSA" (Emmanuel)

sexta-feira, 28 de junho de 2013

JERÔNIMO MENDONÇA, O GIGANTE DEITADO

Jerônimo Mendonça Ribeiro nasceu em Ituitaba, rincão mineiro, no dia 1º de novembro de 1939. Penúltimo dos 09 filhos do humilde casal Altino Mendonça ( desencarnado ) e Antônia Cândida de Jesus. Cursou apenas até o 3º ano primário, muito embora mostrasse invulgar cultura e penetração espiritual, sempre que chamado a alguma posição relevante. Foi membro da respeitável Igreja Presbiteriana do Brasil até os 15 anos, quando então se encontrou com a Doutrina dos Espíritos. Jerônimo sempre deu mostras de profunda religiosidade, vazada de estranhado amor ao próximo. Aos 17 anos, gozava de invejável saúde física, chegando mesmo ao exercício do futebol, onde se revelou bom jogador, dada sua notável agilidade e altura. No entanto, empolgado pelas emoções da sadia e honesta adolescência, Jerônimo viu-se de repente abordado pelo tacão indiferente da dor que, não lhe respeitando o viço dos 18 anos e tampouco as explosões juvenis, não trepidou em desferir-lhe o golpe cruel, registrando a cicatriz de uma dolorosa artrite reumatóide, que escapou a toda e qualquer atividade médica.

Aos 19 anos, marcado pelas primeiras expressões da dor, que  se avolumariam mais tarde, foi constrangido a sacrificar os horizontes de um campo de futebol pelos limites de um par de muletas. Era comum encontrá-lo contemplativo nos estertores do Ocaso, a buscar alhures, além do sol, da lua, dos astros, aquela força que forjaria no jovem adolescente o caráter de um ancião experiente, treinado pelo sofrimento. Sim, pois à medida que a dor sulcava os seus membros físicos, atrofiando-lhe os superiores e inferiores, com o conseqüente cerrar os olhos, que se apagaram para sempre, qual vaga lumes devorados por famulento predador, ele ampliava a visão interior, buscando ver, além das aparências humanas, a realidade indiscutível de uma justiça que por todos vela, indiferente ao brasão social. Guiado por esta visão, não mediu esforços, trabalhando na construção de um centro espírita, na cidade de Ituitaba, no ano de 1970, que levou o sugestivo nome de SEAREIROS DE JESUS. Um ano depois, ergueu uma gráfica espírita, que atualmente desempenha importante papel dentro das atividades de divulgação de mensagens escritas. Nove anos mais tarde, sensibilizado pela necessidade de orientação evangélica de uma comunidade rural, fundou, na localidade que ora leva o nome de Córrego da Canoa, um outro centro, o Centro Espírita MANOEL AUGUSTO DA SILVA, em homenagem a um estremecido amigo.

Posteriormente gravou dois discos, INTIMIDADE ESPÍRITA  e OBRIGADO SENHOR, objetivando levar ao coração cansado e atribulado do povo uma mensagem de esperança e paz. Escreveu os livros. CREPÚSCULO DE UM CORAÇÃO, DE MÃOS DADAS COM JESUS, este de parceria com o amigo David Palis Júnior e NAS PEGADAS DE UM ANJO, onde Jerônimo traiu a sua extraordinária capacidade de pensador romântico, dentro das expressões eminentemente cristãs.

O presente volume, ESCALADA DE LUZ (este texto foi extraído deste citado livro), é uma compilação de  todas as suas mensagens; e ainda está trabalhando* num outro, que deverá ser editado brevemente. CADEIRA DE RODAS é o seu título. Suas mensagens encontramo-las em diversos programas de rádio em Ituitaba e São Paulo.

Todos os seus direitos autorais são doados a instituições de caridade, obras beneficentes.

Hoje*, ele está empenhado na construção da Creche Espírita POUSO DO AMANHECER, que acolherá por volta de 100 crianças.
A par de todo este trabalho, ele traz consigo uma mensagem de amor, de ânimo, que vigora o moral do ser humano, desnorteado e triste, sequioso não só de pão ou conforto, mas de paz e orientação.
Hoje*, se formos procurar Jerônimo em sua terra natal, de certo não o encontraremos com facilidade. Porque, embora os impedimentos físicos, ele percorre o Brasil, pregando o Evangelho de Jesus. Pregações convincentes, pois ele cunha as palavras com a comovedora resignação do seu corpo adestrado pelo sacrifício, e se suas conferências emocionam, seu exemplo edificante arrasta.
Quando ouço os rumores de guerras, as desgraças espreitando-nos na esquina da vida, evoco o exemplo deste homem bom, que me introduziu na Doutrina, ensinando-me a respeitar a vida, a admirar as flores e valorizar o sol, facultando-me lições que por si mesmas, são valiosos recursos de que me valerei, de que nos valeremos, na incansável escalada de luz a que estamos fadados. Lamento finalizar e coro na iminência de faltar com gratidão, na difícil tarefa de biografar o “Gigante deitado”. (apelido carinhoso de Jerônimo, por sua fortaleza espiritual).

Ituitaba, 17 de maio de 1982.

JOSÉ GERALDO OLIVEIRA DE MELO.

* na época da publicação do referido volume, Jerônimo ainda estava encarnado.

Mesmo numa cama ortopédica, depois de perder o movimento das pernas, dos braços e a visão, Jerônimo Mendonça, aquele rapazinho animado de Ituitaba, fundou dois Centros Espíritas, uma gráfica, escreveu 05 livros, gravou 02 LPs e em 1983, fundou o LAR ESPÍRITA POUSO DO AMANHECER, atendendo diariamente, desde então, 200 crianças carentes.

Concomitantemente, Jerônimo proferia palestras por todo o Brasil carregado em sua cama, na qual permaneceu por 30 anos até o seu desencarne em novembro de 1989.

Mensagem de Jerônimo Mendonça Ribeiro:

Muito obrigado, Senhor, pela beleza e
esplendor do sol; pelo poema das flores;
pela sinfonia dos pássaros; pelo alegre
sorriso das crianças; pela experiência do
ancião; pelo vigor do jovem!
Muito obrigado, Senhor, porque
posso ver, ouvir, andar, falar e cantar!
Muito obrigado, Senhor, pelo lar que me
abriga; pela escola que me instrui; pelo
trabalho honrado de cada dia; pela dor
que me educa; pelo amor que me alimenta
a alma; pela esperança de um amanhã,
melhor; pela solidão que me ensina a Te
procurar no próximo e pelas imperfeições
que ainda trago comigo. Senhor ensina-me
a ter paciência sem jamais me
acomodar com as sugestões do desânimo
e com a mentira do cansaço e muito
obrigado pela eternidade da vida e pela
certeza de que um dia estarei mais perto
do Teu coração para mais amar e viver.

Açao Cristã Vicente Moretti - Uma obra de amor

http://www.acvmrj.org.br/
“A  A. C. V. M. é uma obra de compaixão humana a que eu dediquei toda a minha vida. E minha maior alegria é sentir que uma das crianças teve alguma melhora. Não só maior, como a única alegria”.                                                                                                                                                                        AURINO COSTA


Solidão

Solidão

Espectro cruel que se origina nas paisagens do medo, a solidao é , na atualidade, um dos mais graves problemas que desafiam a cultura e o homem. 


A necessidade de relacionamento humano, como mecanismo de afirmação pessoal, tem gerado vários distúrbios de comportamento, nas pessoas tímidas, nos indivíduos sensíveis e em todos quantos enfrentam problemas para um intercâmbio de idéias, uma abertura emocional, uma convivência saudável


Enxameiam, por isso mesmo, na sociedade, os solitários por livre opção e aqueloutros que se consideram marginalizados ou sao deixados à distância pelas conveniências dos grupos. 


A sociedade competitiva dispõe de pouco tempo para a cordialidade desinteressada, para deter-se em labores a benefício de outrem. 


O atropelamento pela oportunidade do triunfo impede que o indivíduo, como unidade essencial do grupo, receba consideração e respeito ou conceda ao próximo este apoio, que gostaria de fruir. 


A mídia exalta os triunfadores de agora, fazendo o panegírico dos grupos vitoriosos e esquecendo com facilidade os heróis de ontem, ao mesmo tempo que sepultam os valores do idealismo, sob a retumbante cobertura da insensatez e do oportunismo. 


O homem, no entanto, sem ideal, mumifica-se. O ideal é-lhe de vital importância, como o ar que respira. 


O sucesso social não exige, necessariamente, os valores intelecto-morais, nem o vitalismo das idéias superiores, antes cobra os louros das circunstâncias favoráveis e se apóia na bem urdida promoção de mercado, para vender imagens e ilusões breves, continuamente substituídas, graças à rapidez com que devora as suas estrelas. 


Quem, portanto, nao se vê projetado no caleidoscópio mágico do mundo fantástico, considera-se fracassado e recua para a solidão, em atitude de fuga de uma realidade mentirosa, trabalhada em estúdios artificiais. 


Parece muito importante, no comportamento social, receber e ser recebido, como forma de triunfo, e o medo de nao ser lembrado nas rodas bem sucedidas, leva o homem a estados de amarga solidão, de desprezo por si mesmo. 


O homem faz questão de ser visto, de estar cercado de bulha, de sorrisos embora sem profundidade afetiva, sem o calor sincero das amizades, nessas areas, sempre superficiais e interesseiras. O medo de ser deixado em plano secundário, de não ter para onde ir, com quem conversar, significaria ser desconsiderado. atirado à solidão. 


Há uma terrível preocupacão para ser visto, fotografado, comentado, vendendo saúde, felicidade, mesmo que fictícia. 


A conquista desse triunfo e a falta dele produzem solidão. 


O irreal, que esconde o caráter legítimo e as lidimas aspiracões do ser, conduz à psiconeurose de auto-destruicao. 


A ausência do aplauso amargura, face ao conceito falso em torno do que se considera, habitualmente como triunfo. Há terrível ânsia para ser-se amado, nao para conquistar o amor e amar, porém para ser objeto de prazer, mascarado de afetividade. Dessa forma, no entanto, a pessoa se desama, nao se torna amável nem amada realmente. 


Campeia, assim, o "medo da solidao", numa demonstração caótica de instabilidade emocional do homem, que parece haver perdido o rumo, o equilíbrio. 


O silêncio, o isolamento espontâneo, são muito saudaveis para o indivíduo, podendo permitir-lhe reflexão, estudo, auto-aprimoramento, revisão de conceitos perante a vida e a paz interior. 


O sucesso, decantado como forma de felicidade, é, talvez, um dos maiores responsáveis pela solidão profunda. 


Os campeões de bilheteira, nos shows, nas rádios, televisões e cinemas, os astros invejados, os reis dos esportes, dos negócios, cercam-se de fanáticos e apaixonados, sem que se vejam livres da solidão. 


Suicídios espetaculares, quedas escabrosas nos porões dos vícios e dos tóxicos comprovam quanto eles são tristes e solitários. Eles sabem que o amor, com que os cercam, traz, apenas, apelos de promoção pessoal dos mesmos que os envolvem, e receiam os novos competidores que lhes ameaçam os tronos, impondo-lhes terríveis ansiedades e insegurancas, que procuram esconder no álcool, nos estimulantes e nos derivativos que os mantém sorridentes, quando gostariam de chorar, quão inatingidos, quanto se sentem fracos e humanos. 


A neurose da solidão é doença contemporânea, que ameaca o homem distraído pela conquista dos valores de pequena monta, porque transitórios. 


Resolvendo-se por afeiçoar-se aos ideais de engrandecimento humano, por contribuir com a hora vazia em favor dos enfermos e idosos, das criancas em abandono e dos animais, sua vida adquiriria cor e utilidade, enriquecendo-se de um companheirismo digno, em cujo interesse alargar-se-ia a esfera dos objetivos que motivam as experiências vivenciais e inoculam coragem para enfrentar-se, aceitando os desafios naturais. 


O homem solitário, todo aquele que se diz em solidão, exceto nos casos patológicos, é alguem que se receia encontrar, que evita descobrir-se, conhecer-se, assim ocultando a sua identidade na aparência de infeliz, de incompreendido e abandonado. 


A velha conceituação de que todo aquele que tem amigos nao passa necessidades, constitui uma forma desonesta de estimar, ocultando o utilitarismo sub-reptício, quando o prazer da afeição em si mesma deve ser a meta a alcancar-se no inter-relacionamento humano, com vista à satisfação de amar. 


O medo da solidão, portanto, deve ceder lugar, à confianca nos próprios valores, mesmo que de pequenos conteúdos, porém significativos para quem os possui. 


Jesus, o Psicoterapeuta Excelente, ao sugerir o "amor ao proximo como a si mesmo" após o "amor a Deus" como a mais importante conquista do homem, conclama-o a amar-se, a valorizar-se, a conhecer-se, de modo a plenificar-se com o que é e tem, multiplicando esses recursos em implementos de vida eterna, em saudável companheirismo, sem a preocupação de receber resposta equivalente. 


O homem solidário, jamais se encontra solitário. 


O egoísta, em contrapartida, nunca está solícito, por isto, sempre atormentado. 


Possivelmente, o homem que caminha a sós se encontre mais sem solidão, do que outros que, no tumulto, inseguros, estao cercados, mimados, padecendo disputas, todavia sem paz nem fé interior. 


A fé no futuro, a luta por conseguir a paz intima - eis os recursos mais valiosos para vencer-se a solidão, saindo do arcabouço egoísta e ambicioso para a realização edificante onde quer que se esteja


Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Do livro: O Home Integral

Mensagem mediúnica de Bezerra de Menezes aos Trabalhadores Espíritas.


Trajetória desafiadora

"Filhos da Alma:

Que Jesus nos abençoe.

Repetimos a trajetória do Cristianismo primitivo. O solo que espera ensementação, ainda necessita de adubo e de arroteamento.

Não estranhemos as dificuldades e os desafios.

Jesus, que representa a estrela de primeira grandeza da Terra, não transitou por estradas asfaltadas, nem sorveu o precioso licor da amizade e do respeito. Sofreu perseguições sem nome, vivendo testemunhos indescritíveis.

Por isso, Ele nos disse: No mundo somente tereis aflições.

Que sejamos afligidos, mas que não nos tornemos afligentes, impondo-nos a carga dos testemunhos, que conduzamos com elevação ao calvário libertador.

Vendo-vos, filhos da alma, reencetando a jornada que ficou interrompida no passado, em face do desequilíbrio e das lamentáveis posturas humanas, alegramo-nos, porque palmilhais a estrada da redenção com entusiasmo, com amor.

Vivei o Evangelho conforme a interpretação da Doutrina Espírita, e exultai.

Vossas dores são nossas dores, vossas ansiedades e sofrimentos íntimos são nossos, meus filhos.

Jesus compartilha, antecipando as inefáveis alegrias do amanhã ditoso, após vencido o portal do túmulo.

Avançai, seareiros da luz!

Nada vos impeça a glorificação do ideal que vibra e que se expande através de vós.

Jesus nos espera, avancemos.

Amigo Jesus:

Tu que és o companheiro daqueles que não têm companheiros, que és o médico dos excluídos da sociedade terrena, enfermos da alma e do corpo, que és o guia do planeta terrestre, que foi atirado no éter cósmico sob Teu comando, recebe a nossa gratidão por estes dias de júbilos e de reflexões.

Aceita a pobreza em que nos encontramos, aguardando a fortuna que ofereces aos que Te servem.

Agradecidos, Senhor, rogamos que nos abençoes e aos irmãos e amigos de retorno às suas tarefas, para que sejam fiéis até o momento da libertação.

Muita paz, meus amigos.

Com o carinho dos espíritos-espíritas aqui presentes, o amigo paternal e humílimo de sempre.

Bezerra."

(Mensagem psicofônica recebida por Divaldo Pereira Franco, no encerramento do Curso promovido pelo CEI, no Castelo de Wégimont (Bélgica), no dia 7 de junho de 2009, em seguida à 13ª. Reunião Ordinária do CEI.

Oração pela Paz - Gerson Simões Monteiro.

"Senhor! Sabemos da nossa impotência diante do ódio e da vingança que armam bombas e mãos criminosas. Mas nós cremos na Vossa justiça soberana que impera em todo o Universo, mantendo o direito e a dignidade de viver a todos os Vossos filhos, e a todos os seres da criação. Pai de Amor e Bondade! Compreendemos a nossa fragilidade diante de tanta violência, que faz derramar o sangue de crianças e mulheres indefesas, espalhando a morte e
o terror. Mas nós cremos na extensão de Vossa infinita misericórdia, ao determinar que a vida continue fecundando úteros, povoando a Terra com o sorriso inocente das crianças.

Senhor da Vida! Assistimos, estarrecidos, à total negação da mensagem de amor vivida pelo Meigo Rabi da Galiléia, vendo a crueldade destruindo lares com mísseis
mortíferos, bombas arrasando os campos floridos e calando as aves dos céus. Mas nós cremos na Vossa eterna bondade, que ordena ao sol e à chuva fertilizarem o solo arrasado e destruído; ao verde colorir os campos abençoados; às flores, enfeitarem os jardins; e aos pássaros, de novo cantarem pelo infinito dos céus.
Nosso Pai Celestial!

Essa oração é o grito de nossa alma, na certeza de que nos ouvis neste momento, porque sabemos que criastes o homem para ser feliz, para amar, para abraçar
seus irmãos, para viver em paz! Porque cremos, Senhor, que é Vossa a determinação de a paz reinar soberana um dia neste mundo, queiram os homens ou não, e porque cremos que é da Vossa vontade os canhões se calarem para sempre, rogamos à Vossa generosidade que inspire os homens a serem, verdadeiramente irmãos, uns dos outros, sob o estandarte do perdão e da legítima fraternidade! Assim seja, porque a Vós pertencem a vida e o poder para sempre!".
Gerson Simões Monteiro
Vice-Presidente da FUNTARSO
E-mail: gerson@radioriodejaneiro.am.br

AMIT GOSWAMI no PROGRAMA RODA VIVA-CULTURA SP

A GLÂNDULA PINEAL - Dr. Sérgio Felipe de Oliveira

Espiritismo X Materialismo

quinta-feira, 27 de junho de 2013

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Site de estudos espiritas

www.institutoesp.blogspot.com.br

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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Prece de Gratidão

Senhor Jesus, muito obrigada!
Pelo ar que nos dá,
pelo pão que nos deste,
pela roupa que nos veste,
pela alegria que possuímos,
por tudo de que nos nutrimos.
Muito obrigada, pela beleza da paisagem,
pelas aves que voam no céu de anil,
pelas Tuas dádivas mil!
Muito obrigada, Senhor!
Pelos olhos que temos...
olhos que vêem o céu, que vêem a terra e o mar,
que contemplam toda beleza!
Olhos que se iluminam de amor
ante o majestoso festival de cor
da generosa Natureza!
E os que perderam a visão ?
Deixa-me rogar por eles
Ao Teu nobre Coração!
Eu sei que depois desta vida,
além da morte,
voltarão a ver com alegria incontida...
Muito obrigada pelos ouvidos meus,
pelos ouvidos que me foram dados por Deus.
Obrigado, Senhor, porque posso escutar
o Teu nome sublime, e, assim, posso amar.
Obrigada pelos ouvidos que registram:
a sinfonia da vida,
no trabalho, na dor, na lida...
o gemido e o canto do vento nos galhos do olmeiro,
as lágrimas doridas do mundo inteiro
e a voz longínqua do cancioneiro...
E os que perderam a faculdade de escutar ?
Deixa-me por eles rogar...
Eu sei que no Teu Reino voltarão a sonhar.
Obrigada, Senhor, pela minha voz.
Mas também pela voz que ama,
pela voz que canta,
pela voz que ajuda,
pela voz que socorre,
pela voz que ensina,
pela voz que ilumina...
E pela voz que fala de amor,
obrigada, Senhor!
Recordo-me, sofrendo, daqueles
que perderam o dom de falar
e o teu nome sequer podem pronunciar!...
Os que vivem atormentados na afasia
e não podem cantar nem à noite, nem ao dia...
Eu suplico por eles,
Sabendo que mais tarde,
no Teu Reino, voltarão a falar.
Obrigada, Senhor, por estas mãos, que são minhas
alavancas da ação, do progresso, da redenção.
Agradeço pelas mãos que acenam adeuses,
pelas mãos que fazem ternura,
e que socorrem na amargura;
pelas mãos que acarinham,
pelas mãos que elaboram as leis
e pelas que as feridas cicatrizam
retificando as carnes partidas,
a fim de diminuírem as dores de muitas vidas!
Pelas mãos que trabalham o solo,
que amparam o sofrimento e estancam lágrimas,
pelas mãos que ajudam os que sofrem,
os que padecem...
Pelas mãos que brilham nestes traços,
como estrelas sublimes fulgindo nos meus braços!
...E pelos pés que me levam a marchar,
ereto, firme a caminhar,
pés da renúncia que seguem
humildes e nobres sem reclamar.
E os que estão amputados, os aleijados,
os feridos e os deformados,
os que estão retidos na expiação
por crimes praticados noutra encarnação.
Eu rogo por eles e posso afirmar
que no Teu Reino, após a lida
desta dolorosa vida,
poderão bailar
e em transportes sublimes com os seus braços
também afagar
Sei que lá tudo é possível
quando Tu queres ofertar,
mesmo o que na Terra parece incrível!
Obrigado, Senhor, pelo meu lar,
o recanto de paz ou escola de amor,
a mansão de glória
ou pequeno quartinho,
o palácio ou tapera, o tugúrio ou a casa de miséria!
Obrigada, Senhor, pelo amor que eu tenho e
pelo lar que é meu...
Mas, se eu sequer
nem um lar tiver
ou teto amigo para me abrigar
nem outra coisa para me confortar,
se eu não possuir nada,
senão as estradas e as estrelas do céu,
como sendo o leito de repouso e o suave lençol,
e ao meu lado ninguém existir: vivendo e
chorando sozinho, ao léu...
Sem um alguém para me consolar
direi, cantarei, ainda:
Obrigada, Senhor,
porque Te amo e sei que me amas,
porque me deste a vida
jovial, alegre, por Teu amor favorecida...
Obrigada, Senhor, porque nasci,
Obrigada, porque Creio em Ti.
...E porque me socorres com amor,
Hoje e sempre,
Obrigada, Senhor!

Amélia Rodrigues
Psicografado por Divaldo Pereira Franco

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